Ser MecânicoSer Mecânico: novembro 2010

domingo, 14 de novembro de 2010

Óleo lubrificante

Os óleos lubrificantes, óleos de motor, ou óleos para motor, são substâncias utilizadas para reduzir o atrito, lubrificando e aumentando a vida útil dos componentes móveis das máquinas.
Os óleos lubrificantes podem ser de origem animal ou vegetal (óleos graxos), derivados de petróleo (óleos minerais) ou produzidos em laboratório (óleos sintéticos), podendo ainda ser constituído pela mistura de dois ou mais tipos (óleos compostos).
As principais características dos óleos lubrificantes são a viscosidade, o índice de viscosidade (IV) e a densidade.
A viscosidade mede a dificuldade com que o óleo escorre (escoa); quanto mais viscoso for um lubrificante (mais grosso), mais difícil de escorrer, portanto será maior a sua capacidade de manter-se entre duas peças móveis fazendo a lubrificação das mesmas.
A viscosidade dos lubrificantes não é constante, ela varia com a temperatura. Quando esta aumenta a viscosidade diminui e o óleo escoa com mais facilidade. O Índice de Viscosidade (IV) mede a variação da viscosidade com a temperatura. Quanto maior o IV, menor será a variação de viscosidade do óleo lubrificante, quando submetido a diferentes valores de temperatura
Densidade indica a massa de um certo volume de óleo a uma certa temperatura, é importante para indicar se houve contaminação ou deterioração de um lubrificante.
Para conferir, retirar ou melhorar certas propriedades especiais dos lubrificantes, que não condizem com o desejado, especialmente quando o lubrificante é submetido a condições severas de trabalho, são adicionados produtos químicos aos óleos lubrificantes, que são chamados aditivos.
Os principais tipos de aditivos são: anti-corrosivos, anti-espumantes, detergente-dispersante, melhoradores do Índice de Viscosidade, agentes de extrema pressão, etc.
Se faz necessária a verificação periódica do lubrificante utilizado. Essa verificação respeita o critério do fabricante do veículo. Porém a cada 2000km é prudente fazer uma avaliação, e realizar uma troca obrigatória a cada 10.000km rodados. A troca periódica evita encrustações e acúmulos de borra na parte interna do motor devido ao monitoramento natural dessa verificação.
Para facilitar a escolha do lubrificante correto para veículos automotivos várias são as classificações, sendo as principais SAE e API.
Classificação SAE: estabelecida pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos dos Estados Unidos, classifica os óleos lubrificantes pela sua viscosidade, que é indicada por um número. Quanto maior este número, mais viscoso é o lubrificante e são divididos em três categorias:
  • Óleos de verão: SAE 20, 30, 40, 50, 60;
  • Óleos de inverno: SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W;
  • Óleos multiviscosos (inverno e verão): SAE 20W-40, 20W-50, 15W-50.
Observação: a letra "W" vem do inglês "winter", que significa inverno.
Classificação API: desenvolvida pelo Instituto Americano do Petróleo, também dos Estados Unidos da América, baseia-se em níveis de desempenho dos óleos lubrificantes, isto é, no tipo de serviço do qual a máquina estará sujeita. São classificados por duas letras, a primeira indica o tipo de combustível do motor e a segunda o tipo de serviço.
Os óleos lubrificantes para motores a gasolina e álcool e GNV (Gás natural veicular) de 4 tempos atualmente no mercado são apresentados na tabela abaixo. O óleo SJ é superior ao SH, isto é, o SJ passa em todos os testes que o óleo SH passa, e em outros que o SH não passa. O Óleo SH por sua vez é superior ao SG, assim sucessivamente. Os óleos lubrificantes para motores a gasolina 2 tempos, como os usados em motoserras, abrangem 3 níveis de desempenho: API TA, TB e TC.
A classificação API, para motores diesel, é mais complexa que para motores a gasolina, álcool e GNV, pois devido às evoluções que sofreu, foram acrescentados números, para indicar o tipo de motor (2 ou 4 tempos) a que se destina o lubrificante.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Por que um motor enfumaça?

No primeiro artigo deste blog, resolvi abordar um assunto que intriga muitos proprietários de veículo. Porque um motor faz fumaça?
Ao contrário do que muitos pensam, não são apenas motores velhos que produzem fumaça. É preciso caracterizar bem o tipo de fumaça produzida por alguns veículos, pois algumas delas são absolutamente normais, já outras, são sinal de urgência em fazer uma manutenção no motor do veículo.
É importante saber definir o tipo de fumaça que está sendo produzida, E são basicamente 3:

    1 - Fumaça de vapor. Todo motor a combustão interna, principalmente os movidos a etanol, produzem uma fumaça resultante da queima da mistura. Quando uma mistura está estequimetricamente boa, diz-se que a queima é completa. E o resultado dessa queima, quando completa ou próximo disso, é dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (CnHn) e uma boa quantidade de água (H2O). Isso ocorre pela associação dos elementos existentes no combustível utilizado. Esse tipo de fumaça, se caracteriza pela cor branca, flutuação e fácil dispersão no ar por se tratar de vapor basicamente. A princípio é característica de saúde no motor, mas tome cuidado, pois se o nível do reservatório do líquido de arrefecimento baixa com freqência, pode estar ocorrendo um defeito muito grave como trincas nos cilindros, ou defeito na junta do cabeçote. 


    2 - Fumaça de combustaível. Esse tipo de fumaça, ocorre principalmente em motores movidos a derivados de petróleo (diesel, gasolina). Ocorre quando existe um excesso de cobustível na mistura, popularmente diz-se que quando o motor está afogando. Em motores carburados, é mais comum devido ao grande número de peças mecânicas para o controle da mistura. A peça mais famosa quando ocorre um afogamento em um veículo carburado é a "válvula estilete", mas podem também ocorrer defeitos na bóia. Nesses casos, basta que se troque o reparo completo do carburador. Já nos veículos injetados, é menos comum, mas também ocorre. Nesses casos é preciso fazer um diagnóstico no sistema de alimentação como: estanqueidade dos bicos, regulagem da pressão, saturação do sistema de retorno, sensor de oxigênio etc. Essa fumaça se caracteriza pela coloração preta e forte cheiro de enxoufre. É p reciso tomar cuidado pelo fato de esse tipo de fumaça, empregnar o catalizador (se o veículo for equipado).



    3 - Fumaça de óleo. Essa é a fumaça mais preocupante. É sinal de queima de óleo lubrificante. Isso ocorre quando existe um desgate excessivo de alguns componentes vitais para o motor, como: anéis de segmento, retentores de válvulas etc. Sem falar que desgaste traduz uma possível ocorrência de quebra do motor, e o prejuízo é inevitável. Nesse caso, é preciso retificar todo o conjunto motriz, é o mais sensato a ser feito. Não caia nessa de "meia-sola" porque uma hora ele pára. Essa fumaça se caracteriza pela coloração cinza escuro e impregnação úmida na borda da descarga.
      Para melhor diagnóstico, quando ocorrer qualquer tipo de fumaça, é melhor procurar seu mecânico e ele irá utilizar um analisador de gases para identificar o defeito e saná-lo.
      É bom lembrar que no Brasil, há restrições e leis que regulamentam a quantidade de emissões de poluentes. Para evitar que se tenham prejuízos com multas e reprovações em inspeções oficiais, é aconselhavel que tantos os proprietários quanto os reparadores abordem a questão da manutenção preventiva. É o velho ditado popular "é melhor previnir do que remediar" .

      terça-feira, 9 de novembro de 2010

      Apresentação

      Olá!

      Seja bem vindo ao SER MECÂNICO. Este blog é destinado a mecânicos, ou apaixonados por mecânica que desejem trocar experiências, e promover a aproximação dos representantes de nossa classe.
      Ao leitor, sinta-se a vontade para postar dúvidas, comentários e opiniões e até mesmo críticas.
      Este será um espaço onde qualquer que seja o leitor, terá oportunidade de compartilhar ou expandir os conhecimentos. Tornando mais acesível a paixão de muitos pela mecânica automotiva.

      Seria muito bom se o leitor que achar essa idéia no mínimo interessante, se adicionasse como seguidor.
      Espero que este espaço seja útil o suficiente para que todos se sintam a vontade de divulgar e chamar outros seguidores.

      Boa leitura!

      CHRISTIAN FERREIRA