A Central da Uno
Uma Uno Mile chega guinchada na oficina. Não pegava nem a pau - como dizemos na gíria da oficina. Questionando o proprietário, ele disse que seguia normal na pista, quando simplesmente o motor parou de funcionar.
Uma das coisas que sempre verifico é se existe kit GNV. Isso porque o GNV é uma adaptação por natureza e como já descrevi neste blog, o GNV na maioria das vezes surra de mais todo o sistema tanto mecânico quanto elétrico.
E realmente tinha GNV instalado. E o que é pior... tinha simulador de bicos, variador de avanço, alarme e uns gatilhos mais, que nem o dono sabia dizer pra que servia. Iniciando o diagnóstico, comecei por verificar se havia centelhamento e o mesmo estava ausente.
Isso levou a verificar se a bomba de combustível entrava em funcionamento, e foi verificado que a mesma não funcionava também. Logo veio pela prática e pela experiência a condenação do sensor de rotação. Mas por puro desencargo de consciência, resolvi testar o sensor.
Detalhe da especificação da central |
Detalhe da central queimada |
A central estava muito fedorenta!
Como se tratava de uma central antiga que possibilitava o seu desmonte, resolvi abri-la para matar a curiosidade. Lá estava a origem do problema a central estava queimada de forma agressiva.
E o mais curioso é que não havia fusível queimado. A central foi substituída mas havia ainda um enigma a ser descoberto.
O que havia causado essa queima? A resposta veio ao instalar de volta o variador de avanço.
O mesmo também apresentava um cheiro de queima, e desde então o motor só funcionava sem ele.
O variador de avanço também foi substituído e o problema foi sanado. Foi resolvido mas deu um trabalhão.
Fica uma dica: Quando a central está queimada, o primeiro indício é a luz da injeção no painel. Ela não acende no momento em que se liga a chave e não dá a partida. O normal é acender ao ligar a chave e apagar com o funcionamento do motor. Ela só acende quando o motor estsá em funcionamento quando existe alguma anomalia no sistema de gerenciamento do motor.