O conceito de mecânica vem de "movimento". A pratica da coisa não se restringe apenas a parte motriz do veículo, mas também a suspensão e transmissão.
Quando se fala da parte motriz de um veículo, a mecânica se atém apenas a motorização do veículo. Tratando apenas do estudo do motor.
Na parte suspensiva, cuidamos apenas de assuntos relacionados a suspensão de um veículo. Como rodas, molas, eixos, amortecedores, sistemas de frenagem etc.
Já quando se fala de transmissão, cuida-se da parte de câmbios, caixas, cardãs etc.
Hoje em dia existe nas oficinas um prifissional chamado de "mestre". Que na verdade é um mecânico geral. É ele quem tem mais experiência, é mais preparado para abordar e suprir qualquer impecílio proveniente de falta de conhecimento. Não que na mecânica seja possível saber de tudo, mas trata-se de um profissional cujos olhos já viram bastante coisas, que dão a ele toda uma segurança para direcionar as atitudes corretas diante de alguma situação difícil.
O veículo automotor
Um automóvel (do grego auto, por si próprio, e do latim mobilis, mobilidade) ou carro, como referência a um objecto responsável pela sua própria locomoção) é um veículo motorizado, com quatro rodas, geralmente destinado ao transporte de passageiros ou mercadoria, sendo um dos meios de transporte mais populares do mundo.
A definição abrange a todos os veículos com autopropulsão movido a combustão interna, que pode ser gerada por álcool, gasolina, gás, diesel, hidrogênio ainda em teste, biodiesel ou qualquer outra mistura de combustível, comburente e calor que provoque a combustão interna, ou híbrido, ou ainda os veículos terrestres que se locomovam por meio de motores elétricos ou a vapor com a finalidade de transporte de passageiros e carga. O automóvel dos dias de hoje dispõe, tipicamente, de um motor de combustão interna, de dois ou quatro tempos, propulsionado a gasolina, diesel ou álcool. No entanto, a sua constituição deve a inúmeras invenções em várias artes e ciências, como a física, matemática, design, etc
Existem aproximadamente 600 milhões de passageiros de automóveis a nível mundial (cerca de um carro para cada onze pessoas). Em todo o mundo, havia cerca de 806 milhões de carros e caminhões leves na estrada em 2007, eles queimam mais de 1 bilhão de m³ (260 bilhões de galões) de gasolina/diesel e combustível por ano. Os números estão aumentando rapidamente, sobretudo na China e na Índia.
No contexto legal, a circulação automóvel encontra-se definida pelo código de estrada que pode variar entre países. Por exemplo, no Brasil, o automóvel encontra-se definido no Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro como um veículo de transporte até 8 passageiros, excluído o condutor e cujo peso não exceda 3500 kg. Automóvel de quatro rodas legal.
Fonte: wikipédia (enciclopédia livre) - web
O motor
Motor de combustão interna - é uma máquina térmica, que transforma a energia proveniente de uma reação química em energia mecânica. O processo de conversão se dá através de ciclos termodinâmicos que envolvem expansão, compressão e mudança de temperatura de gases.
São considerados motores de combustão interna aqueles que utilizam os próprios gases de combustão como fluido de trabalho. Ou seja, são estes gases que realizam os processos de compressão, aumento de temperatura (queima), expansão e finalmente exaustão.
Assim, este tipo de motor distingui-se dos ciclos de combustão externa, nos quais os processos de combustão ocorrem externamente ao motor. Neste caso, os gases de combustão transferem calor a um segundo fluido que opera como fluido de trabalho, como ocorre nos ciclos Rankine.
Motores de combustão interna também são popularmente chamados de motores a explosão. Esta denominação, apesar de frequente, não é tecnicamente correta. De fato, o que ocorre no interior das câmaras de combustão não é uma explosão de gases. O que impulsiona os pistões é o aumento da pressão interna da câmara, decorrente da combustão (queima controlada com frente de chama). O que pode-se chamar de explosão (queima descontrolada sem frente de chama definida) é uma detonação dos gases, que deve ser evitada nos motores de combustão interna, a fim de proporcionar maior durabilidade dos mesmos e menores taxas de emissões de poluentes atmosféricos provenientes da dissociação de gás nitrogênio.
Suspensão
É a parte responsável pela sustentação da carroceria de um veículo, destinada a promover o intermédio entre a carroceria e o chão a fim de garantir o deslocamento do veículo
Suspenção é um conjunto de peças que adequa a transmissão de energia da excitação de base (uma lombada, por exemplo) e a capacidade de aderência do veículo ao solo. É feito por um conjunto de mola e amortecedor. O conjunto suspenção pode ser considerado como um filtro mecânico, pois pode permitir ou rejeitar faixas de freqüências do espectro da excitação do solo. Por isso, carros fora de estrada e urbanos possuem características díspares quanto ao desempenho. É pertinente ressaltar que o primeiro, em geral, possui exigências maiores quanto às solicitações mecânicas, tornando o projeto de suspenção mais restritivo.
Há molas de vários tipos: de feixe e a ar, que são utilizadas geralmente em caminhões; mola em espiral, usada tanto na suspenção dianteira como traseira; e mista - espiral na frente e feixe atrás. E ainda o tipo de torção, constituído por uma barra de torção ou um feixe de lâminas, que absorvem os impactos deformando-se. Estas barras de torção são encontradas na suspensão traseira dos VW Fusca e VW Kombi, entre outros veículos. O tipo mais comum de suspensão é a do tipo Mac Pherson.
Transmissão
Uma caixa de câmbio ou caixa de velocidades de um automóvel serve para desmultiplicar a rotação do motor para o diferencial ou diretamente para as rodas, por forma a transformar a potência do motor em força ou velocidade, dependendo da necessidade.
De uma forma geral e simplificada, quanto maior a rotação do motor em relação à rotação do eixo, maior será a força e, quanto menor a rotação do motor em relação à rotação do eixo, maior será a velocidade. Note-se que o eixo não gira à mesma rotação nem da cambota, nem da saída do diferencial (semi-eixos). Em suma, a cada marcha ou velocidade da caixa a proporção rotação do motor/rotação do eixo varia solidariamente. Normalmente esta proporção expressa-se tecnicamente por 10:1, 9:1, 1:1.05, 1:8 e assim por diante. Entenda-se, portanto, uma caixa de velocidade como multiplicador de força e/ou velocidade do motor.
Na caixa de velocidades típicas existem duas séries principais de carretos:
- a do veio principal, que recebe do volante do motor a rotação do motor por intermédio da embreagem,
- e a do veio secundário (de saída), que transmite um submúltiplo dessa rotação ao eixo.
Aquando da selecção de uma mudança, é engatado um carreto ao veio principal por meio de um bloqueador (do movimento livre do carreto para o veio) que, nos dias de hoje, desempenha a função de sincronizador. Com um funcionamento semelhante ao da embraiagem (transmissão por acoplagem), embora os carretos disponham de dentes que facilitam o encaixe do sincronizador, a força do veio principal transmite-se do carreto bloqueado para o carreto correspondente do veio secundário.
No caso da marcha atrás, entra em contacto um carreto suplementar do bloco secundário responsável pela mudança de direcção da rotação do eixo (e, consequentemente, da marcha). Este carreto (e aquele onde engrena respectivamente no veio primário) é de dimensões tipicamente semelhantes ao da primeira velocidade, o que permite ao automóvel dispor de força para realizar manobras em superfícies íngremes.
Embreagem
A embraiagem (português europeu) ou embreagem (português brasileiro) é o mecanismo utilizado nos automóveis para transmitir a rotação do volante do motor para as engrenagens da caixa de velocidades que, por sua vez, irá desmultiplicar essa rotação (consoante a engrenagem - ou mudança - seleccionada) e transferi-la para o diferencial através do eixo. A transmissão entre o volante, fixado por meio de parafusos à cambota, e a caixa de velocidades dá-se através da pressão do disco de embreagem, um disco delgado de aço de elevada tenacidade cujas faces estão revestidas com um material de fricção, contra o volante do motor. Quando o disco está fixado contra o volante, a força de aperto deverá ser suficientemente grande para não permitir deslizamentos entre as duas superfícies - patinagem. O disco, na sua posição natural, é apertado contra o volante através do prato de pressão. Com a pressão do pedal da embreagem, as molas (ou outro sistema de pressão, como a embreagem de diafragma) aliviam a pressão do prato, suprimindo o contrato do disco com o volante e, consequentemente, interrompendo a transmissão de força motriz para a caixa de velocidades. É de salientar que, neste momento, ocorre uma gradual dessincronização entre a rotação da cambota e o veio primário da caixa de velocidades.
Por vezes os condutores optam por mandar reforçar a embreagem de forma a suportar binários maiores e dessa forma aumentar a sua longevidade. Este reforço pode ser em cerâmica ou kevlar e é muito utilizado em carros alterados (tuning).
Tipicamente uma embreagem é mudada entre os 120.000km e 180.000km, mas dependendo do estilo de condução poderá gastar-se ao fim de apenas 40.000km. Por vezes, também é necessário substituir o volante motor.
(Fonte: wikipedia - enciclopédia livre)