Ser MecânicoSer Mecânico: O cabeçote

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O cabeçote

O cliente chega na oficina com sua Kombi refrigerada a ar e iz: "Tá fazendo um barulhinho ali". Ao pedir para colocar o motor em funcionamento, nos primeiros giros notei uma falha de cilindro vindo do lado direito.

 
O barulho era de batida de pino.
Tratando-se do tão conhecido motor refrigerado a ar da Volks, logo veio a voz da experiência, me dizendo que poderia ser vareta de tucho quebrada.






Ao retirar a tampa do cabeçote veio a surpresa: Válvula quebrada. Porém, A mesma não teve o comportamento típico de cair para dentro do cilindro e provocar perfuração do pistão, ou travamento do motor.



A danada se quebrou na cabeça, mas quebrou de um jeito que a mesma se encavalou dentro do guia. O pistão por sua vez, serviu como um "martelo", socando a válvula. A perfuração do cabeçote foi inevitável, e o mesmo ficou inutilizado.




Curiosamente, eu não havia verificado o nível do óleo, porém o mesmo estava correto. Investigando o histórico com o proprietário, veio a resposta. Esse motor havia sido feito em uma retífica de qualidade duvidosa.




Fica a dica: Se for reparador, tome muito cuidado com terceirização de serviços. Ao levar um motor, bloco, cabeçote ou o que seja para uma retífica, verifique o histórico com que já fez serviços lá. E o mesmo vale para quem é proprietário de veículo. Vale a pena investir um certo tempo pesquisando o histórico do prestador do serviço, caso contrário, fica-se a mercê da sorte.

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