Ser MecânicoSer Mecânico: Combustível... Problema sério.

domingo, 29 de maio de 2011

Combustível... Problema sério.

Crédito da Imagem: FARO É FARO

Gasolina, Álcool ou GNV?
Se você não é vereador da cidade do Rio de Janeiro, e não tem um carro de luxo com o tanque cheio à sua disposição pago com dinheiro público, deve estar se fazendo as seguintes perguntas


Com o preço dos combustíveis a níveis absurdos, que combustível usar? Meu carro não é flex, vale a pena adaptar?
E por parte dos reparadores, o que dizer para o cliente? O serviço é lucrativo?
Muitas vezes, na necessidade de economia, o proprietário ou responsável por um veículo é induzido a atitudes que em alguns casos o levam ao arrependimento.

Crédito da imagem: masterflex
Crédito da Imagem: Mercado Livre
Os veículos flex, como eu já postei uma vez nesse blog, têm uma particularidade. Eles não são tão flex assim. Isso porque o reconhecimento do combustível só tem 3 variáveis: Combustível A, Combustível B, ou mistura. O problema está no caso da mistura. Ela tem de ser meio-a-meio em litros, do contrário, é como se o motor funcionasse com um combustível adulterado (uma gasolina com excesso de etanol, ou um etanol contaminado com carbono). E muitos proprietários e usuários de veículo não sabem disso e abastecem sem nenhum tipo de controle atraído pela ilusão da economia e acabam não vendo nenhum resultado no fim das contas. Respondendo à questão, “que combustível usar”, é preciso entender que hoje, em função do preço tanto do etanol quanto da gasolina, a gasolina leva certa vantagem devido ao consumo ser em média de 15 a 20 km/l, principalmente no Rio de Janeiro onde o Etanol já rola na casa dos R$3,00 por litro. É importante observar a forma de abastecimento e uso de cada combustível. Se trocar de combustível, é necessário rodar com o veículo no mínimo por 10km, ou permanecer com ele ligado por ao menos 45 minutos em média  para o reconhecimento do novo combustível ou da mistura utilizada.
Se o veículo não é flex, vale à pena adaptar sim, pelo custo do investimento ser relativamente barato e não trazer nenhum tipo de prejuízo técnico ao funcionamento do motor. E quando o preço do Etanol der uma “acalmada” virá o retorno do investimento. Os Kits flex são de fácil adaptação e seu preço varia entre R$150,00 e R$500,00 dependendo do modelo marca etc.
No caso do GNV, seria o caso de análise do tipo de uso e o tipo de motorização. Só é vantagem se o uso for intenso e o veículo for de estrada. Para cidade ou para o uso de cargas, peso ou coisa parecida, só é vantagem para motorizações de 1.5 pra cima, devido à perda de potência do motor. E é preciso reduzir o tempo de intervalo entre as manutenções periódicas, porque a adaptação do Kit GNV é muito mais agressiva ao motor.
Por parte dos reparadores, a instalação do Kit flex é até certo ponto interessante, também devido ao custo. O bom é orientar o cliente a analisar com calma o objetivo da adaptação, e fazer as contas com bastante calma para não ter de aturar reclamação depois, porque o cliente sempre culpa o reparador, pelo menos na maioria das vezes, mesmo que o preço do combustível não seja culpa dele.


Nenhum comentário:

Postar um comentário